Hey Cowgirl, cê já sonhou em ser rainha de rodeio?
Não tem como negar que o rodeio é um ambiente naturalmente masculino. Mas a feminilidade nesse ambiente vem ganhando espaço. E esse movimento começou lá no passado, com as rainhas de rodeio. Mas você sabe como surgiu a realeza da festa de peão? A figura não surgiu no Brasil. Pesquisas afirmam que a primeira rainha do rodeio surgiu em Oregon, em 1910, nos Estados Unidos. E tinha uma principal função: divulgar a festa do peão. Era como um desafio: a garota que mais vendesse ingressos para a festa era coroada como a rainha do evento.
O movimento foi iniciado por empresários da época, que, preocupados com a crise financeira do país, tinham medo de que a tradição e a festa do peão acabassem. O que eles temiam de verdade era perder os espectadores. Com todo o seu pioneirismo, no Brasil, a primeira rainha do rodeio foi conhecida na festa do peão de Barretos, em 1956. Teve então Lessie Correa como a primeira rainha oficial da festa do peão de Barretos. Mas, a partir de 1970, o formato se modificou. Foi quando o primeiro concurso oficial foi feito através de um júri especializado. Os critérios utilizados são muito semelhantes aos concursos de Miss: empatia, beleza e, nesse caso, conhecimento sobre a festa do peão. São esses alguns dos quesitos levados em conta para a escolha da rainha, além do traje icônico, que normalmente combina a rusticidade com a elegância, trazendo a tradição através das franjas e até mesmo dos charrões, uma homenagem aos cowboys de rodeio.
Marcelo Hortália é um grande nome para o segmento. Ele é o primeiro estilista oficial da festa do peão de Barretos e é uma referência nos trajes artesanais, que exalam o luxo do rodeio em peças que chegam a pesar até 4 quilos, segundo ele. O maior rodeio da América Latina também é recordista em número de candidatas à realeza. Que, quando escolhidas, têm como missão representar a festa, a essência dela, a cultura do evento. Muito legal porque, a cada vez mais, eu vejo um movimento de encontrar rainhas que vão além da beleza. Mas que também vivem a essência da festa do peão, como uma paixão. E é preciso amar a cultura para receber esse cargo e ser reconhecida, não é mesmo?
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